A arte de andar de patins.
Na mesa de cabeceira dela uma fotografia.
Eu e o meu irmão.
Um hoquista em potência, e memórias de um dia em que me aguentava em cima de uns patins. As memórias destes dias são acima de tudo fotográficas, e musicais. As músicas dos saraus. As fotos dos desfiles em que entre mim e a patinadora da frente existia sempre uma distância abissal.
Acho que foi por isso que tirei a carta à primeira. Se há coisa que respeito desde sempre é a "distância de segurança".
Não era por não saber patinar, era por ter medo que a fila caísse toda em cima de mim.