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Não vale muito a pena fingir que está tudo bem.
Não está. Não estou.
E por muito que uma pessoa bata com a cabeça nas paredes dói na mesma. Dói sempre.
As dores recorrentes só me ensinaram uma coisa : por muito que custe não vale a pena inutilizar tudo. Mais vale agarrar no resto das coisas boas e não as deixar ir. Segurar aquilo que ainda é do nosso controle.
É isso que tenho tentado fazer. Custa mais... ou custa menos. Ou não custa nada. Depende... há sempre um momento ou outro que acho que não vou conseguir fazer, que o meu coração vai explodir que o meu peito não vai parar de doer. Respiro fundo.
Voltei a sentir coisas que achava que estavam curadas, ultrapassadas. Tento não me revoltar. A revolta não vai melhorar nada. Passei para a fase seguinte : admitir. Admito que estou triste, admito que estou em baixo, admito que não consigo ou que me custa.
A vantagem é só uma : não perco tempo a fingir.